Anunciado no final do mês de maio, a Medida Provisória com incentivos do governo Lula para estimular a venda de carros populares no Brasil entrou em vigor nesta segunda, dia 5. Há incentivos também à renovação da frota de caminhões. Segundo fontes da área econômica, a redução de imposto só valerá até que a renuncia atinja as cifras de R$500 milhões de reais.
Os benefícios fiscais valem para carros de até R$120 mil, com base em três critérios: eficiência energética, preço e conteúdo nacional. No entanto, os incentivos ainda não são suficientes para tornar o preço dos carros populares. Segundo dados da JATO, empresa do setor automotivo, comprar um carro novo custa hoje R$12,6 mil a mais do que em 2013, ano em que houve o último estímulo ao setor. Já para os caminhões, o intuito é retirar a circulação de veículos que não se enquadram a parâmetros técnicos de rodagem ou que tenham mais de 30 anos de fabricação, que no caso brasileiro equivale a 26% da frota.
Segundo a equipe econômica, a renúncia fiscal será atingida em apenas dois meses. Não há lógica nessa iniciativa do governo. A nova política industrial é muito velha. Já foi feita antes, no governo Dilma, e não deu certo. São dois tiros no pé, já que se tira arrecadação da União no momento em que o ministro Haddad precisa elevar os impostos, e não há nenhuma contrapartida da indústria automobilística em preservar os empregos; o setor já não emprega como antigamente, sendo quase totalmente automatizado. O PT parece que é incapaz de aprender com os próprios erros.
Eliberto Diniz de Menezes. Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Pós Graduação em Gestão Pública.
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