Pau no Lombo do Povo: Aumento de 7,47% da gasolina nas distribuidoras começa a valer hoje (25/1)


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Começa a valer hoje para as distribuidoras de combustíveis o reajuste de 7,47% do preço da gasolina, anunciado ontem pela Petrobras. Por ora, o aumento não deve aparecer nas bombas dos postos e não se estende a outros combustíveis, afirmou a estatal. O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passa de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23.

O último reajuste dos preços da gasolina havia ocorrido em dezembro de 2022, com redução de 6,1%. A mudança ocorre dois dias após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicar relatório semanal, na segunda-feira, mostrando que o valor médio do litro da gasolina vendido nos postos de todo país teve queda de R$ 5,04 para R$ 4,98 na semana de 15 a 21 de janeiro.

O aumento é o primeiro que ocorre no governo Lula, e foi anunciado pela diretoria nomeada ainda no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT). A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou o aumento e isentou o governo federal de responsabilidade pelo reajuste.

“Reajuste da gasolina acontece antes de Jean Paul Prates assumir a Petrobras”, disse ela, referindo-se ao senador do PT da Paraíba indicado pelo novo governo para a presidência da estatal. “A notícia é de que foi pressão dos acionistas”, disse Gleisi. Segundo ela, o governo vai trabalhar para mudar a atual política de preços da empresa, que atrela os preços internos aos valores praticados internacionalmente, em dólar.

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, o aumento anunciado pela Petrobras se deve à defasagem dos preços internos em relação às cotações internacionais. “Até ontem (segunda), o PPI (Preço de Paridade de Importação) estava defasado em R$ 0,50 na gasolina e no diesel. Ou seja, o preço dessas duas commodities no mercado internacional estava mais barato do que no mercado interno”, observou.

A atual política de preços da Petrobras foi instituída em 2016. Segundo Tavares, a estatal “ainda não reajustou tudo”. “Ela está corrigindo apenas a metade da defasagem. Consequentemente, as distribuidoras podem repassar aos postos esse valor de forma integral, menor ou maior”, considerou. (Com Agência Estado)


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Glauber Gomes

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