Economia e Política em Foco. Beto Menezes Escreve: Lula critica juros altos e aumento o tom contra o BC


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Na cerimônia de posse de Aloizio Mercadante na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na segunda, dia 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou novamente o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, frustrando a expectativa de queda por parte do presidente e do Ministro da Fazenda Fernando Haddad.

Lula não confia em no presidente do BC, Campos Neto, por considera-lo um quadro ideológico do bolsonarismo, o que de fato é. Na ata do Copom há um recado enviado ao governo, advertindo da questão fiscal. Campos Neto se comporta como se tivesse em suas mãos um quarto poder da república, o monetário. O que não existe! Para tal cargo necessita existir lisura, o que muitas vezes não há.A autonomia do banco é alvo de críticas do petista desde a campanha eleitoral. Me vem então a reflexão: o Banco Central é independente de que ou quem? Estou entre os que pensam que há espaço para baixar a taxa de juros porque os efeitos inflacionários são todos externos, e o efeito taxa de juros sobre isso só causa recessão.

A queda de Campos Neto do BC necessita de um esforço político no qual o governo não deve seguir em frente. Há demandas como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal que exigiram muito capital político, então gastar bala com um assunto como esse não é prudente. Mas também não deve parar o tom de críticas. O BC é independente mas Lula é presidente de todos os brasileiros. Representa seus anseios e suas demandas. A questão econômica é uma delas.

         Eliberto Diniz de Menezes. Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Pós Graduação em Gestão Pública.


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Glauber Gomes

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